Talvez você tenha tido conhecimento da situação ocorrida em um prédio de alto padrão em Curitiba quando dois jovens se passando por moradores conseguiram entrar com facilidade, segundo as reportagens, no condomínio com sofisticado sistema de segurança, com seguranças e portaria para praticar furtos em quatro apartamentos que naquele momento os proprietários não estavam.
Segundo as reportagens os meliantes levaram pertences pessoais de grande valor e dinheiro. Também, segundo as reportagens, os rapazes ficaram praticamente 4 horas dentro do edifício, buscando informação com os moradores para descobrir quais apartamentos estavam vazios, fazendo perguntas desconexas, querendo saber, por exemplo, quais vizinhos estavam em casa afirmando que gostariam de conversar com alguém.
“De acordo com testemunhas, os bandidos foram a todos os andares e buscaram descobrir apartamentos que estariam vazios”.
Apesar das reportagens apresentarem poucos detalhes, talvez até por receio de passar informações mais sigilosas, podemos inferir que tivemos uma sucessão de falhas nos procedimentos num prédio que, supostamente, apesenta características de robusta segurança, com sofisticado sistema de vigilância, seguranças e portaria.
Também, causa estranheza, nenhum morador que foi interpelado pelos jovens meliantes, ter tido a percepção de ligar para a portaria avisando aos seguranças da estranha situação.
Ainda não sabendo de detalhes mais precisos, podemos deduzir que os jovens devem ter premeditado a entrada, observando alguns jovens do condomínio e, talvez, vestindo-se como eles e utilizando máscaras conseguido ludibriar os seguranças e os funcionários da portaria.
Nesta segunda-feira (31/08), ministrei uma palestra em um condomínio da ADEES, sempre preocupada com estas questões, a respeito dos procedimentos de segurança que devem ser observados pelos porteiros. Neste curso discutirmos vários procedimentos de segurança que os funcionários devem observar e apresentei a eles 22 disfarces utilizados pelos malandros para tentarem adentrar nos condomínios.
Reforcei, que eles não podem cair em nenhum dos golpes citados nem falhar nos procedimentos discutidos e que, se tiverem dificuldades devem procurar conversar com a administração e/ou administradora, levando sugestões, preocupações e, também, soluções.
Quando o assunto é segurança, sou incansável em afirmar, que não devemos esquecer os moradores, o exemplo clássico foi demonstrado neste episódio relatado sobre o furto, no dia 10 de agosto no Ecoville.
Para finalizar, quando o assunto é segurança, talvez seja necessário investir um pouco mais e melhor em equipamentos mais sofisticados de vigilância eletrônica, com câmeras posicionadas de forma estratégicas, sensores de barreira, cercas elétricas, etc., isto tudo dará ao condomínio mais tranquilidade, pois, em tese, fechamos todas as portas de entrada da edificação: funcionários treinados, moradores conscientes e sistemas físicos e eletrônicos dimensionados para responder de forma precisa a todas as possibilidades de invasão de pessoas mal-intencionadas.
Abaixo links das reportagens.
Um abraço e sucesso!
João Bosco Rebello
Sindico, consultor em treinamento e parceiro da Adees.